When The World Feels Too Loud
(Leia em 🇧🇷Português abaixo)
For most of my life, I wondered why everything seemed to affect me so deeply.
A loud, busy room would leave me drained. A harsh comment, even if not directed at me, would echo in my chest for hours. Beauty of any kind - like a piece of music or a brief moment in nature - could bring tears to my eyes.
For a long time, I thought something was wrong with me. That I was too sensitive. That I needed to toughen up. That's what I heard nonstop, for most of my childhood and adolescence. I became an adult and I finally toughened up, even though that didn't feel right to me.
Fast forward a couple of decades, and I discovered the work of Dr. Elaine Aron: suddenly, everything made sense.
I am a Highly Sensitive Person (HSP). And maybe, so are you.
What it means to be an HSP
Being an HSP doesn’t mean you're fragile or broken. It means your nervous system is more responsive to the world around you. You process things deeply, notice subtleties others miss, and feel emotions with great intensity.
HSPs often…
feel easily overwhelmed by sensory input (noise, lights, chaos)
need downtime to recover from social interactions
are deeply moved by art, music, or nature
tend to avoid violent or distressing content
experience strong emotional responses, both joyful and painful
have a rich inner life: introspective, imaginative, and thoughtful
Dr. Aron’s research shows that sensitivity is a trait found in about 15–20% of the population, and it is completely normal and natural. But when you don't know you're highly sensitive, the world can feel like you're constantly doing something wrong.
The stress of not knowing
Before I understood my sensitivity, I constantly tried to endure my feelings. I forced myself into environments that were too stimulating, stayed in conversations longer than I had the energy for, and judged myself for needing more rest and quiet than others.
The result?
Chronic stress. Emotional exhaustion. A feeling of being out of sync with the world. The constant voice asking myself who I was, why I couldn't fit in.
When we’re not living in alignment with our nervous system, our mind and body carry the burden.
It wasn’t until I gave myself permission to honor my sensitivity that I began to feel truly at peace.
Sensitivity is a strength
Being highly sensitive allows me to…
connect with others deeply and authentically
sense shifts in mood and energy before words are spoken
create calm, nurturing spaces in my coaching practice
be moved by life’s small beauties and respond with awe and wonder
These are not weaknesses. These are gifts. And when we stop fighting them and start embracing them, we find our rhythm again.
Creating a gentle life
If you’re an HSP, here are some practices that have helped me which I now share with my clients:
Prioritize quiet, restorative time (especially after overstimulating experiences)
Create boundaries around noise, social media, and energy-draining people
Learn to say “no” kindly, and “yes” only when it truly feels aligned
Support your sleep, nourishment, and nervous system with consistency and care
Practice self-compassion: there is nothing wrong with you
Surround yourself with people who value depth, not just speed
You’re not alone
If you’re quietly carrying the stress of not fitting into a fast, loud, demanding world, know this: You are not too much. You are not too emotional. You are simply tuned into life in a powerful way. And with the right support, you can turn your sensitivity into a source of strength and wellbeing.
Quando o mundo soa alto demais: uma reflexão sobre ser uma Pessoa Altamente Sensível
Durante a maior parte da minha vida, me perguntei por que tudo parecia me afetar tão profundamente. Um ambiente barulhento e agitado me deixava exausta. Um comentário áspero, mesmo que não fosse direcionado a mim, ecoava no meu peito por horas. A beleza de qualquer tipo, como uma música ou um momento breve na natureza, podia me fazer chorar.
Por muito tempo, achei que havia algo de errado comigo. Que eu era sensível demais. Que precisava endurecer. Foi isso que ouvi repetidamente durante toda a minha infância e adolescência. Cheguei à vida adulta e finalmente endureci — mesmo que isso não parecesse certo para mim.
Após algumas décadas, descobri o trabalho da Dra. Elaine Aron e, de repente, tudo fez sentido. Eu sou uma Pessoa Altamente Sensível (PAS). E talvez, você também seja.
O que significa ser uma PAS
Ser uma PAS não significa que você é frágil ou quebrado/a. Significa que seu sistema nervoso é mais sensível ao mundo ao seu redor. Você processa as coisas de forma profunda, percebe sutilezas que outros não notam e sente emoções com grande intensidade.
Pessoas Altamente Sensíveis geralmente…
se sentem facilmente sobrecarregadas por estímulos sensoriais (ruídos, luzes, caos)
precisam de tempo sozinhas para se recuperar de interações sociais
se emocionam profundamente com arte, música ou natureza
tendem a evitar conteúdos violentos ou angustiantes
vivenciam respostas emocionais intensas, tanto alegres quanto dolorosas
têm uma vida interior rica: introspectiva, imaginativa e reflexiva
A pesquisa da Dra. Aron mostra que a sensibilidade é um traço encontrado em cerca de 15 a 20% da população, e é completamente normal e natural. Mas quando você não sabe que é altamente sensível, o mundo pode parecer um lugar onde você está sempre fazendo algo errado.
O estresse de não saber
Antes de entender minha sensibilidade, eu tentava constantemente suportar o que sentia. Me forçava a estar em ambientes muito estimulantes, permanecia em conversas por mais tempo do que tinha energia, e me julgava por precisar de mais descanso e silêncio do que os outros.
O resultado?
Estresse crônico. Exaustão emocional. Uma sensação constante de estar fora de sintonia com o mundo. Aquela voz interna perguntando quem eu era, por que eu não conseguia me encaixar.
Quando não vivemos em alinhamento com nosso sistema nervoso, nossa mente e corpo carregam esse peso. Só quando me permiti honrar minha sensibilidade é que comecei a me sentir realmente em paz.
A sensibilidade é uma força
Ser altamente sensível me permite…
me conectar com os outros de forma profunda e autêntica
perceber mudanças de humor e energia antes mesmo das palavras serem ditas
criar espaços calmos e acolhedores na minha prática de coaching
me emocionar com as pequenas belezas da vida e responder com admiração
Essas não são fraquezas. São dons. Quando paramos de lutar contra eles e começamos a abraçá-los, encontramos nosso ritmo novamente.
Criando uma vida mais gentil
Se você é uma PAS, aqui estão algumas práticas que me ajudaram e que agora compartilho com meus clientes:
Priorize momentos de quietude e restauração (especialmente após experiências muito estimulantes)
Crie limites em relação ao barulho, às redes sociais e a pessoas que drenam sua energia
Aprenda a dizer “não” com gentileza, e “sim” apenas quando realmente fizer sentido
Cuide do seu sono, alimentação e sistema nervoso com consistência e carinho
Pratique a auto compaixão: não há nada de errado com você
Cerque-se de pessoas que valorizam profundidade, não apenas velocidade
Você não está sozinha/o
Se você carrega silenciosamente o estresse de não se encaixar em um mundo acelerado, barulhento e exigente, saiba disso:
Você não é exagerada/o. Você não é emotiva/o demais. Você apenas está sintonizado/a com a vida de uma forma poderosa. E com o apoio certo, pode transformar essa sensibilidade em fonte de força e bem-estar.
